28/03/2023 às 13h37min - Atualizada em 28/03/2023 às 13h37min
Vírus Mayaro: Núcleo de Entomologia do Governo do Estado do Paraná investiga primeiro caso em Quedas do Iguaçu
Conheça também o que é, sintomas, transmissão, prevenção e tratamento do Vírus Mayaro
Clic Paraná
Jheynefer Camargo
Fotos Bispo O prefeito Elcio Jaime da Luz, recebeu na manhã de hoje (28) em seu gabinete na prefeitura de Quedas do Iguaçu, uma equipe da saúde de Entomologia do Governo do Estado do Paraná, do Núcleo de Vigilância Entomológica da 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho, que se somaram aos agentes comunitários de endemias do município no enfrentamento aos transmissores de arboviroses, Dengue, Chikungunya e Zica.
“Quedas do Iguaçu, apresentou o primeiro caso desse virus trasmissor Mayaro, que é proveniente de região Amazônica, o que oferece um certo conforto, por não ser um transmissor dentro de área urbana e sim de área silvestre, disse o entomologista Rubens Massafera.”
Ele chamou a atenção para lembra que, por mais que esse virus não ofereça risco em nossa região, precisamos estar atentos para o mosquito Aedes aegypti, que está presente na área urbana.
O QUE É O VÍRUS?
O vírus Mayaro é um arbovírus da família do vírus da Chikungunya, que leva ao aparecimento de uma doença infecciosa, conhecida como febre do Mayaro, que causa sintomas como dor de cabeça, febre alta e dor e inchaço nas articulações. Apesar desta doença ser pouco conhecida, a febre do Mayaro é antiga e é mais frequente na região Amazônica, sendo transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.
A identificação da infecção pelo vírus Mayaro é difícil pelo fato dos sintomas da doença serem semelhantes aos da dengue e da Chikungunya, sendo importante que sejam indicados pelo clínico geral ou pelo infectologista a realização de exames laboratoriais para confirmar d diagnostico, de forma a iniciar o tratamento mais adequado.
Principais sinais e sintomas
Os primeiros sintomas da febre do Mayaro surgem 1 a 3 dias após a picada do mosquito Aedes aegypti e variam de acordo com a imunidade da pessoa, incluindo:
- Febre repentina;
- Cansaço geral;
- Manchas vermelhas na pele;
- Dor de cabeça;
- Dor e inchaço nas articulações, que pode levar meses para desaparecer.
- Sensibilidade ou intolerância à luz.
Estes sinais e sintomas normalmente desaparecem em cerca de 1 a 2 semanas sem que tenha sido realizado qualquer tipo de tratamento, no entanto a dor e o inchaço nas articulações podem permanecer durante alguns meses.
Como diferenciar febre Mayaro da dengue ou Chikungunya
Como os sintomas destas três doenças são muito semelhantes, elas podem ser difíceis de diferenciar. Por isso, a melhor forma de diferenciar essas doenças é através da realização de exames laboratoriais específicos, que permitem a identificação do vírus causador da doença, como exames de sangue, isolamento viral ou técnicas de biologia molecular.
Além disso, o médico deve avaliar os sintomas apresentados pela pessoa, assim como o histórico de onde esteve nos últimos dias para saber quais as chances de ter havido exposição ao vírus.
Como é feito o tratamento
Assim como acontece com a dengue e com a Chikungunya, o tratamento para a febre do Mayaro tem como objetivo aliviar os sintomas, podendo ser recomendado pelo médico o uso de remédios analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios.
Além disso, durante toda a recuperação, também é indicado evitar fazer esforços físicos, tentar relaxar, dormir bastante, beber no mínimo 2 litros de água por dia, além de beber chás calmantes como o de camomila ou lavanda.
Como prevenir a febre Mayaro
A única forma de prevenir a Febre Mayaro é evitando a picada do mosquito Aedes aegypti, por isso, é recomendado adotar algumas medidas como:
- Eliminar toda a água parada que possa servir para reprodução do mosquito;
- Colocar telas de proteção nas janelas e mosquiteiros na cama para dormir;
- Usar diariamente repelentes no corpo ou no ambiente para afastar o mosquito;
- Manter as garrafas vazias ou baldes virados para baixo;
- Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos das planta;
- Usar calça comprida e sapato fechado, para evitar ser picado nas pernas e nos pés.
Além disso, para se proteger também é importante saber identificar o mosquito que transmite estas doenças. Veja como identificar e combater o mosquito Aedes aegypti.
Fonte Drª Sylvia Hinrichsen Infectologista
Médica infectologista, doutorada em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1995. Cremepe: 6522